(Em atualização) Pelo menos 20
pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas, esta terça-feira, num descarrilamento
no metropolitano de Moscovo, durante a hora de maior movimento na capital
russa.
"Neste momento, sete corpos foram entregues
aos investigadores, quatro homens e três mulheres. Na primeira carruagem estão
a retirar seis corpos e na segunda carruagem outros seis", disse Alexander
Gavrilov, vice-diretor da delegação de Moscovo do Ministério para as Situações
de Emergência russo, citado pela agência noticiosa russa Ria-Novosti.
Mais de 120 passageiros foram hospitalizados após
o acidente, declarou o diretor do departamento de Saúde de Moscovo, Georgui
Golukov. Perto de metade ficou gravemente ferido, acrescentou.
"Um acontecimento trágico aconteceu no
metro. Um acidente ocorreu, pessoas morreram", reagiu o primeiro-ministro
russo, Dmitri Medvedev, citado pelas agências noticiosas russas, antes de
apresentar as condolências às famílias das vítimas.
O presidente Vladimir Putin, que está ausente no
Brasil, ordenou uma investigação criminal para apurar as causas do
descarrilamento de três carruagens.
O acidente registou-se na "linha azul"
do metro de Moscovo pelas 08.30 horas (05.30 horas em Portugal continental),
entre as estações de Park Pobedy, a linha mais profunda da rede moscovita
aberta em 2003, e a de Slavianski Boulevard, inaugurada em 2008.
De acordo com o Ministério para as Situações de
Emergência russo, o acidente deveu-se a uma abrupta queda da tensão
elétrica, que provocou um erro no sistema de sinalização e uma paragem
do comboio.
De acordo com testemunhos das vítimas, o
descarrilamento ocorreu após uma travagem brusca do metro.
"O comboio travou bruscamente. Vimos faíscas
e muito fumo. Fui projetado contra qualquer coisa. Todas as pessoas foram
projetadas para um dos lados", contou um dos passageiros, com o nariz
coberto de sangue, à cadeia de televisão Moscovo 24.
Imagens difundidas pela televisão russa mostraram
as equipas de socorro a retirar numerosos feridos ensanguentados.
Noutras era possível ver passageiros ainda
bloqueados no interior das carruagens, sendo também visível muito fumo.
Em redor das estações afetadas pelo
descarrilamento, dezenas de ambulâncias e helicópteros transportavam os feridos
para os hospitais.
Inaugurado em 1935, durante o regime de Josef
Estaline, o metro de Moscovo reivindica atualmente um dos fluxos de passageiros
mais elevados do mundo. Conhecido pela eficácia e pontualidade, o metro
registou poucos acidentes causados por problemas técnicos.
As autoridades abriram um inquérito por violação
das normas de segurança nos transportes.
De acordo com Alexei Khazbiev, jornalista
especializado em transportes do jornal Expert, o metro foi construído para
transportar "três a quatro milhões de pessoas, no máximo seis milhões de
passageiros por dia". Atualmente, mais de nove milhões de passageiros usam
o metro todos os dias e "as tecnologias da época estão
ultrapassadas", considerou.
Fonte: Jornal de Notícias
Infelizmente é só quando acontecem acidentes que os responsáveis reconhecem que o "metro foi construído para transportar "três a quatro milhões de pessoas, no máximo seis milhões de passageiros por dia". Atualmente, mais de nove milhões de passageiros usam o metro todos os dias e "as tecnologias da época estão ultrapassadas"...que valor possui a vida e quem paga as vidas perdidas? estas situações são frequentes por todo o mundo...nas prioridades de muitos governos não estão os investimentos que assegurem...ou acautelem riscos, que dêem condições seguras para os cidadãos, sejam /meios de transporte/construções/ ...condições que correspondam aos avanços e conhecimentos tecnológicos...não! as prioridades são outras!!!
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