Especialistas
do Observatório de Saúde e Mudança Climática da Espanha destacam que “nos
últimos 50 anos, a frequência dos desastres naturais no mundo relacionados com
a meteorologia foi mais que triplicada e as projeções indicam que continuarão
aumentando”. Nesta semana, um furacão de nível 2 e uma enorme inundação
deixaram sua marca de morte e destruição em países do norte e do sul. Nos Estados Unidos foram suspensas algumas celebrações do
dia da independência devido à chegada do furacão Arthur, enquanto na Argentina
duas pessoas morreram e outras 13 mil foram evacuadas em virtude das chuvas
intensas que afetaram o país.
A
natureza descarregou sua fúria no sul do continente. Copiosas chuvas aumentaram
o volume dos rios Paraguai, Iguaçú e Uruguai, causando inundações nas
províncias de Misiones, Formosa e Corrientes. As autoridades locais informaram
que duas pessoas perderam a vida na localidade de Formosa, enquanto em
Corrientes o rio Uruguai aumentou seu volume em quase três metros, obrigando
milhares de pessoas a abandonarem suas casas. Em toda a região foram
registradas quase mil e quinhentas casas destruídas pelas inundações.
O
chefe de gabinete da Argentina, Jorge Capitanich, visitou as zonas mais
afetadas pelas inundações e anunciou que seriam realizados vários programas
para ajudar às famílias em centros de evacuação a procurarem assistência
alimentar e a solicitarem ajuda econômica para a reconstrução de moradias.
Calcula-se
que o prejuízo relacionado aos danos materiais na província de Misiones estaria
em torno dos 60 milhões de dólares, de acordo com a informação fornecida pelas
autoridades.
Furacão à vista
Nos
Estados Unidos, o furacão Arthur tocou a terra na Carolina do Norte na
madrugada de 4 de julho, arruinando as celebrações do dia da independência
nessa região. Com ventos de 160 Km/h e avançando a uma velocidade de 30 Km/h na
direção noroeste, o furacão Arthur causou inundações, blecautes e danos em
algumas casas deste Estado. Calcula-se que 6.500 pessoas ficaram sem energia,
enquanto onze condados declararam estado de emergência.
Com
a chegada do furacão Arthur inicia-se a temporada de furacões do Atlântico, que
vai de 1º de junho a 30 de novembro. O Centro Nacional de Furacões (NHC, por
suas siglas em inglês) informou que o furacão alcançou o nível 2 na escala
Saffir-Simpson (que alcança um máximo de 5) ao chegar à costa dos Estados
Unidos, mas se enfraqueceria durante o fim de semana, transformando-se em um
ciclone pós-tropical no sábado.
De
acordo com a informação fornecida pelo jornal Universal do México, neste ano é
esperada a formação de 23 ciclones, 14 no Oceano Pacífico e 9 no Atlântico,
Golfo do México e Mar do Caribe. Estima-se que 13 desses fenômenos naturais se
manifestarão como furacões e 10 como tormentas tropicais.
Fontes:
Contra a natureza nada se pode fazer e, evitar que as catástrofes ocorram é uma missão impossível. Prevenir e preparar para as enfrentarmos, o máximo possível, quando nos importunam é a melhor política que qualquer responsável ou comunidade deve adoptar salvaguardando a nossa integridade, segurança e aumentando a nossa capacidade de resiliência. Celestino Afonso
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