A única frente de lava activa e que encaminha em direcção ao Monte Beco e
Monte Saia, percorreu nas últimas 12 horas cerca de 15 metros, uma média de 1,5
metros/hora, disse hoje Nadir Cardoso da Uni-CV. A escoada de lava,
segundo Nadir Cardoso, está a 1.500 metros do fogo eruptivo e ameaça um campo
de cultivo da dona Alcinda, mas tem ainda pela frente pequenas elevações, conforme
explicou Nadir Cardoso. Esta admite que as lavas poderão estar a avançar através do túnel lávico que
está na base do cone eruptivo já que não é perceptível a emissão e
encaminhamento de lavas. Além de emissão de lavas
que alimenta esta única frente activa, a actividade vulcânica prossegue com
libertação de gases acompanhadas de pequenas explosões, sendo que a coluna
eruptiva atinge uma altura superior a 200 metros com direcção a Este. A equipa da Universidade
de Cabo Verde continua no terreno a monitorar a actividade vulcânica, quer na
caldeira como fora dela, através de medição de gases libertados pelo cone
eruptivo e devido à imprevisibilidade do fenómeno da natureza a equipa da
Uni-CV prevê que a actividade continua nos próximos setes dias, depois de mais
de dois meses de actividade. A erupção vulcânica de
23 de Novembro de 2014, uma das três erupções registadas no interior da
caldeira nos últimos 63 anos, já destruiu os dois principais povoados, Portela
e Bangaeira, e o pequeno núcleo populacional de Ilhéu de Losna, uma extensa
área de cultivo, sobretudo de feijões, batatas, mandiocas mas também de
fruteiras e as infra-estruturas económicas, sociais e turísticas que existiam
em Chã das Caldeiras.
Fonte: Sapo noticias, 27 Janeiro de 2014
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