Autarquia não estava à espera de tanta chuva em tão pouco tempo e
queixa-se de não ter sido devidamente avisada sobre este cenário. Várias zonas
da capital ficaram alagadas e os bombeiros responderam a mais de uma centena
de ocorrências. Comerciantes dizem que a situação se agravou porque as sarjetas
estavam todas entupidas e que já deviam ter sido limpas. O vereador da Protecção Civil da Câmara de Lisboa, Carlos Manuel
Castro, e o director da Protecção Civil Municipal, Manuel Ribeiro, dizem que
não receberam os avisos necessários por parte da Protecção Civil Nacional para
prevenir as consequências das fortes chuvadas que ao início da tarde desta
segunda-feira caíram na capital. Manuel Ribeiro diz que tiveram de "actuar
no terreno", não "tendo sido possível prevenir" a situação
porque os "alertas" não foram feitos a tempo e horas. O pico da
preia-mar às 15h15 é outra das explicações invocadas pelos dois responsáveis
pela Protecção Civil Municipal para a situação de caos que se viveu na Baixa,
Avenida da Liberdade, Praça de Espanha e outras zonas da cidade. Vários
comerciantes da Baixa dizem que a situação se agravou porque as sarjetas
estavam todas entupidas e que já deviam ter sido limpas no final de um mês de Setembro
em que se registou uma precipitação anormalmente elevada. No site da
Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o último aviso disponível tem
data de 18 de Setembro e alerta para fortes condições de instabilidade
climatérica em todo o território continental nas 24 horas seguintes. De então
para cá não foi colocado mais nenhum comunicado nem feito qualquer alerta
específico para esta segunda-feira na zona de Lisboa. Miguel Cruz, da ANPC, diz
ao Expresso que
o aviso de dia 18 "ainda continua disponível na medida em que as medidas
de prevenção continuam atuais". Miguel Cruz disse ainda que o IPMA -
Instituto Português do Mar e da Atmosfera "emitiu vários avisos"
durante esta segunda-feira e que todos "os alertas emitidos, um de nível
amarelo às 9h e outro de nível laranja às 15h19, foram remetidos para os
serviços municipais de Protecção Civil de todo o país". O maior pico de
chuva ocorreu depois das 13h30. Os Sapadores de Lisboa registaram "156
ocorrências, 121 das quais relativas a inundações que aconteceram na cidade de
Lisboa a partir das 14h00". No seu site, o IPMA tem um alerta
laranja para Lisboa [e outros quatro distritos do Continente], que se estende
até às 21h desta segunda-feira.
Fonte: Expresso, 22 Setembro 2014
Na verdade, e muito provavelmente, as razões / causas da situação ocorrida são as mencionadas pelas diversas fontes e responsáveis, procurando, mais do que explicar, justificar a dimensão das consequências de "tanta chuva". Parece que esta ocorrência pode acontecer, que deve ser prevista, ainda que a sua probabilidade possa ser pequena...porquanto é certo que aconteceu e pode voltar a acontecer. Então que medidas se podem tomar, já que os alertas previnem mas não resovlvem todos os problemas. São um elemento importantes, em particular porque são um aviso e um alerta para os cidadãos/comerciantes e residentes em zonas vulneráveis, tendo em conta que a coincidência das chuvas com a preia-mar escapa ao controle humano...mas há outras coisas que se poderão acautelar. Planear e intervir, em tempo útil, nas infraeestruturas que são fundamentais para o escoamento rápido das águas em situações idênticas não pode deixar de ser uma prendizagem e um guião para o futuro, e outras questões hverá que os técnicos e responsáveis poderão equacionar para que, o que se passou, não volte a acontecer com dimensão idêntica.
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