segunda-feira, 4 de maio de 2015

CABO VERDE | MOSTEIROS: SUSPEITO DE ATEAR FOGO APRESENTADO NO TRIBUNAL

04 Maio 2015






João Lopes Carvalho, 26 anos, o suspeito de atear fogo que deflagrou as zonas altas dos Mosteiros, vai ser presente esta tarde (segunda-feira) no Tribunal da Comarca dos Mosteiros para ser ouvido em primeiro interrogatório. O incêndio já está sob controle, entretanto, sob grande vigilância das autoridades.
O incêndio deflagrou no início da tarde do último sábado, quando um agricultor, João Carvalho preparava o café, tendo as chamas propagadas rapidamente e saindo do controlo deste.
Em declarações ao asemanaonline, o delegado Ministério do Desenvolvimento Rural, Elisângelo Moniz garante que “o incêndio está sob controle e sob vigilância das autoridades”. Espera-se que com a intervenção dos militares e voluntários o incêndio possa ser extinto nas próximas horas.
Quanto a avaliação técnic para apurar os prejuízos provocados pelo incêndio nas zonas altas dos Mosteiros e no perímetro florestal de Monte Velha inicia-se assim que o incêndio for declarado extinto. Moniz adianta que por ser incêndio foi de nível um (rastejante), consumiu grande quantidades de pastos e plantas endémicas. Já as plantas de grande portes não foram profundamente afectadas.
Sabe-se, no entretanto, que um agricultor de Chã das Caldeiras perdeu duas cabeças de gado bovino. O incêndio, para além de atingir o perímetro florestal de Monte Velha, também, afectou parte das plantações de café, fruteiras (laranjeira, limoeiro).
Mas há suspeitas de fogo posto. De referir que o ultimo incêndio ocorreu no final de Maio do ano passado. Um mês antes, em Abril, tinha-se registado um outro de maior proporção, quase na mesma área, que consumiu uma área superior a 80 hectares do perímetro florestal de Monte Venha, coberta por espécies endémicas como tortolho, lantisco e losna, erva-cidreira, cravo bravo e outros, assim como uma grande quantidade de pasto e alguns campos de cultivo de feijão-congo.
Em 2004, um outro incêndio consumiu uma área de mais de 300 hectares, quase metade dos 850 hectares do perímetro florestal de Monte Velha, e as áreas destruídas vêm sendo reflorestadas com novas plantas desde 2005. No mês de Março último, o Programa das Pequenas Subvenções do Fundo Global para o Ambiente disponibilizou 30 mil dólares, cerca de três mil contos, para financiar um projecto que deve prevenir os incêndios no perímetro florestal de Monte Velha.

Fonte: asemana.sapo.cv 



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